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R. Rosa Lotfi de Almeida Bueno, 155 Vila Nastri II, Itapetininga (SP). CEP: 18.206-390
Descubra a importância da Seção 2 da FDS (Identificação de Perigos) na segurança química. Entenda os riscos à saúde, ambiente e segurança, com a atualização da ABNT NBR 14725:2023 e o alinhamento ao GHS da ONU.
No vasto universo dos produtos químicos, a segurança é uma prioridade fundamental. Lidar com substâncias e misturas exige não apenas conhecimento técnico, mas também uma comunicação clara e eficaz sobre os riscos envolvidos.
É nesse contexto que a Ficha com Dados de Segurança (FDS) se destaca como um documento muito importante, e dentro dela, a Seção 2: Identificação de Perigos assume um papel central.
Esta seção é, em essência, o coração da FDS. Ela condensa as informações mais críticas sobre os perigos que um produto químico pode apresentar à saúde humana, ao meio ambiente e à segurança física.
Compreender profundamente o que cada elemento dessa seção significa, desde os pictogramas até as frases de perigo e precaução, é vital para qualquer profissional que manuseie, armazene ou transporte produtos químicos. Uma identificação de perigos precisa e bem comunicada é a primeira linha de defesa contra acidentes, intoxicações e danos ambientais.
Com a atualização da ABNT NBR 14725:2023, que alinha a FDS brasileira ao Sistema Globalmente Harmonizado (GHS) da ONU, a importância da Seção 2 foi ainda mais reforçada.
Este guia detalhado irá desvendar cada aspecto da Identificação de Perigos, explicando o significado por trás de cada símbolo e frase, e como o conhecimento químico é fundamental para interpretar e aplicar essas informações no dia a dia da sua empresa. Continue a leitura e saiba mais!
A Seção 2 da FDS é a síntese dos perigos intrínsecos de um produto químico. Ela serve como um alerta imediato e um guia rápido para qualquer pessoa que entre em contato com a substância ou mistura.
Diferente de outras seções que detalham medidas de controle ou propriedades específicas, a Seção 2 foca diretamente na natureza do perigo, permitindo uma avaliação rápida e a tomada de decisões preventivas.
Sua relevância reside na capacidade de comunicar, de forma padronizada e universal, os riscos associados a um produto. Isso é particularmente importante em um cenário globalizado, onde produtos químicos são comercializados e transportados através de fronteiras.
O GHS, ao harmonizar a classificação e a comunicação de perigos, garante que um pictograma ou uma frase de perigo tenha o mesmo significado em diferentes países, superando barreiras linguísticas e culturais.
Para as empresas, uma Seção 2 bem elaborada e compreendida significa:
Em suma, a Seção 2 não é apenas um conjunto de informações; é uma ferramenta proativa de gestão de riscos que capacita todos os envolvidos a agirem com segurança e responsabilidade
O Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos (GHS) é a espinha dorsal da Seção 2 da FDS. Desenvolvido pela ONU, o GHS fornece um sistema padronizado para classificar os produtos químicos de acordo com seus perigos e comunicar essas informações por meio de Rótulos e FDSs. A classificação GHS é baseada nas propriedades intrínsecas do produto, ou seja, em sua capacidade de causar danos, independentemente da forma ou quantidade em que é utilizado.
O GHS divide os perigos em três grandes grupos:
Cada um desses grupos é subdividido em classes e categorias de perigo, que indicam a natureza e a gravidade do risco.
Por exemplo, a classe “Líquidos Inflamáveis” possui categorias que variam de 1 (perigo mais grave) a 4 (perigo menos grave), dependendo do ponto de fulgor do líquido. Compreender essa hierarquia é fundamental para avaliar corretamente o risco e implementar as medidas de controle adequadas.
Os perigos físicos referem-se às propriedades físico-químicas de uma substância ou mistura que podem representar uma ameaça imediata em determinadas condições.
A compreensão desses perigos é crucial para o armazenamento, manuseio e transporte seguros de produtos químicos. Alguns dos principais perigos físicos incluem:
Os perigos à saúde referem-se aos efeitos adversos que um produto químico pode causar ao organismo humano, seja por exposição única, repetida ou prolongada. A compreensão desses perigos é fundamental para a proteção dos trabalhadores e a prevenção de doenças ocupacionais.
Os perigos ao meio ambiente referem-se aos efeitos adversos que um produto químico pode causar aos ecossistemas, incluindo organismos aquáticos e terrestres, solo e atmosfera. A avaliação desses perigos é fundamental para a proteção da biodiversidade e a prevenção da poluição.
Além desses, outros fatores como a persistência (capacidade de permanecer no ambiente sem se degradar), a bioacumulação (tendência de se acumular em organismos vivos ao longo da cadeia alimentar) e a mobilidade no solo (capacidade de se mover através do solo e contaminar águas subterrâneas) são considerados na avaliação dos perigos ambientais, mesmo que não resultem em uma classificação GHS direta, mas são informações relevantes para a FDS.
Uma vez classificado o perigo de um produto químico, o GHS estabelece os elementos de rotulagem que devem ser utilizados para comunicar esses perigos de forma clara e concisa. Esses elementos são cruciais para a Seção 2 da FDS e também para os rótulos dos produtos.
Os pictogramas de perigo são símbolos gráficos que transmitem informações sobre um determinado perigo. São nove pictogramas padronizados pelo GHS, cada um representando uma ou mais classes de perigo. Eles são facilmente reconhecíveis e fornecem um alerta visual imediato sobre os riscos do produto.
As palavras de advertência são utilizadas para indicar o nível relativo de gravidade do perigo. O GHS estabelece duas palavras de advertência:
A escolha da palavra de advertência depende da classificação de perigo do produto. Um produto pode ter múltiplas classificações de perigo, mas apenas uma palavra de advertência deve ser utilizada na FDS e no rótulo, sendo sempre a que indica o perigo mais grave.
As frases de perigo, também conhecidas como H-frases, descrevem a natureza dos perigos de um produto químico e, quando apropriado, o grau do perigo. Elas são padronizadas pelo GHS e devem ser utilizadas sem alterações. As H-frases são divididas em três grupos:
As frases de precaução, ou P-frases, descrevem as medidas recomendadas para minimizar ou prevenir os efeitos adversos da exposição a um produto químico perigoso, ou para agir em caso de exposição ou armazenamento/descarte inadequado. Elas também são padronizadas pelo GHS e são divididas em cinco grupos:
Embora o GHS seja abrangente na classificação de perigos, existem situações em que um produto químico pode apresentar riscos que não resultam em uma classificação formal de perigo GHS, mas que ainda assim são importantes para a segurança.
A NBR 14725:2023 exige que a FDS inclua informações sobre esses “outros perigos” na Seção 2, garantindo uma comunicação de risco ainda mais completa.
Esses perigos adicionais podem incluir:
A inclusão desses “outros perigos” demonstra um compromisso com a segurança que vai além do mínimo exigido pela classificação GHS. É uma forma de fornecer uma visão mais holística dos riscos, permitindo que os usuários tomem precauções adicionais e específicas para cada cenário.
Para identificar esses perigos, é fundamental um conhecimento aprofundado das propriedades do produto e de seu comportamento em diferentes condições, muitas vezes exigindo a expertise de químicos e toxicologistas.
Trabalhadores verificando a FDS do produto químico na indústria. Fonte: Canva
A precisão na elaboração da Seção 2 da FDS não é apenas uma questão de conformidade regulatória; é um pilar fundamental para a segurança química. Erros ou omissões nesta seção podem ter consequências graves, desde acidentes de trabalho e danos ambientais até multas e sanções legais para a empresa.
Uma classificação de perigo incorreta, por exemplo, pode levar a uma subestimação dos riscos, resultando em medidas de controle inadequadas, uso de EPIs insuficientes e procedimentos de emergência ineficazes. Da mesma forma, a ausência ou o uso incorreto de pictogramas, palavras de advertência e frases de perigo/precaução pode confundir os usuários e impedir que eles compreendam a verdadeira natureza do risco.
Para garantir a precisão da Seção 2, é essencial:
Investir na precisão da Seção 2 da FDS é investir na segurança dos seus colaboradores, na proteção do meio ambiente e na reputação e conformidade legal da sua empresa.
É a garantia de que as informações mais críticas sobre os perigos de um produto químico serão comunicadas de forma eficaz, permitindo que todos ajam com responsabilidade e minimizem os riscos.
A complexidade da classificação de perigos e a exigência de precisão na elaboração da Seção 2 da FDS, conforme a ABNT NBR 14725:2023, podem ser um desafio para muitas empresas.
A interpretação correta dos critérios do GHS, a aplicação das frases de perigo e precaução, e a identificação de “outros perigos” exigem um conhecimento técnico aprofundado e experiência na área de segurança química.
A Sudeste Online é especialista na elaboração de documentos para produtos químicos, com foco na conformidade e na excelência. Contamos com uma equipe de profissionais altamente qualificados, que dominam a NBR 14725:2023 e o GHS, garantindo que a Seção 2 da sua FDS seja elaborada com a máxima precisão e clareza.
Entre em contato conosco hoje mesmo e descubra como podemos ajudar sua empresa a ter suas FDSs, conforme legislação vigente, que realmente comunicam os perigos e protegem a todos. Estamos prontos para ser seu parceiro na segurança química!
Conclusão
Agora que você já sabe sobre a importância da Seção 2 da FDS na segurança química, veja porque confiar os serviços de elaboração e revisão dos seus documentos para os nossos especialistas:
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