EPIs para produtos químicos

Equipamentos de segurança individual para produtos químicos

Os perigos químicos existentes no ambiente de trabalho, se não controlados, podem prejudicar a saúde dos seus colaboradores. Existem muitos agentes contaminantes que são capazes de causar danos irreversíveis.

Por isso é muito importante que o profissional responsável pela área de segurança e saúde do trabalhador avalie o ambiente e adote medidas preventivas na empresa para minimizar estes riscos, como o uso de medidas de controle de engenharia e dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), por exemplo. 

Para entender melhor sobre os riscos químicos no ambiente de trabalho e como se proteger utilizando os EPIs corretos, continue a leitura deste artigo. 

O que é risco Químico?

Risco Químico é a probabilidade de um dano ocorrer devido à uma exposição inadequada ao manipular produtos químicos que podem vir a causar danos físicos, à saúde ou ao meio ambiente.

Consideram-se agentes de risco químico substâncias ou misturas que apresentem perigos à saúde do trabalhador. Há três principais vias de intoxicação com produtos químicos: inalação, absorção cutânea e ingestão.

A inalação é a forma mais comum de intoxicação. Os produtos químicos evaporam no ambiente e facilitam a intoxicação por essa via. Além disso, nem todo vapor ou gás apresenta odor e isso faz com que o tempo de exposição se prolongue sem que o intoxicado perceba. Há casos também de irritações nas mucosas de nariz e garganta que podem provocar sérias irritações nos pulmões.

A absorção cutânea pode ocorrer no contato com materiais corrosivos por exemplo, provocando irritação ou lesões graves na pele. Além disso, alguns produtos podem atravessar a barreira da epiderme e acessar a corrente sanguínea, causando intoxicação.

A ingestão é a via de intoxicação menos comum, mas pode ocorrer involuntariamente dependendo das condições de trabalho do indivíduo, por exemplo quando as mãos estão contaminadas.

EPIs para Proteção Química

1- Proteção Visual e Facial

A proteção da visão e da face é imprescindível para evitar os principais perigos que podem estar presentes nas atividades:

  • Poeiras;
  • Respingos;
  • Névoas irritantes.

Para escolher a melhor opção é importante avaliar a tarefa realizada para identificar os principais riscos potenciais aos olhos. Alguns dos EPIs utilizados são:

  • Óculos de segurança com ampla visão
  • Protetor facial
  • Máscara de Solda
EPIs para proteção visual e facial
EPIs para proteção visual e facial
EPIs para proteção visual e facial

2- Proteção para a Cabeça

Para a escolha do EPI ideal para a proteção da cabeça, deve-se identificar a finalidade do uso, como por exemplo: para impactos de objetos, proteção à choques elétricos ou contra agentes térmicos.

Veja alguns exemplos:

  • Capacete
  • Capuz/Balaclava
EPIs para proteção da cabeça
EPIs para proteção da cabeça

3- Proteção para os ouvidos

Deve-se analisar a necessidade do uso e para qual atividade se destina, identificando a melhor opção para a correta proteção do trabalhador. Segue os exemplos:

  • Protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15;
  • Protetor auditivo de inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15;
  • Protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na NR-15.
EPIs para proteção dos ouvidos
EPIs para proteção dos ouvidos
EPIs para proteção dos ouvidos

4- Proteção para as partes superiores

As luvas devem ser utilizadas para a proteção das mãos e o seu modelo varia de acordo com cada necessidade, como por exemplo: para riscos químicos, térmicos, biológicos, etc. As luvas mais comuns são:

  • Látex
  • Borracha Natural
  • Neopreno
  • Kevlar

Além disso, em alguns casos utiliza-se:

  • Creme protetor contra agentes químicos;
  • Mangas para a proteção do braço e antebraço;
  • Braçadeira para proteção do antebraço;
  • Dedeira para proteção dos dedos.
EPIs para proteção dos membros superiores
EPIs para proteção dos membros superiores
EPIs para proteção dos membros superiores

5- Proteção respiratória

Para escolher o respirador adequado, é essencial a correta avaliação dos riscos respiratórios, analisando 3 etapas:

  • Avaliar os perigos respiratórios no ambiente;
  • Avaliar o limite de exposição dos respiradores;
  • Avaliar a adequação do respirador à atividade ao que se destina.

Veja abaixo alguns modelos:

  • Respiradores Motorizados
  • Máscara autônoma
  • Purificação de ar – pressão negativa
  • Purificação de ar – pressão positiva
EPIs para proteção respiratória
EPIs para proteção respiratória

6- Proteção do Corpo 

A escolha adequada da vestimenta depende, também, de uma avaliação de risco, observando a atividade ao que se destina, tempo de atividade e a substância que está sendo manuseada, pensando no tecido ideal, por exemplo.

Veja os tipos:

  • Vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem térmica;
  • Vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica;
  • Vestimentas para proteção do tronco contra agentes químicos;
  • Vestimentas para proteção do tronco contra riscos de origem radioativa;
  • Vestimenta para proteção do tronco contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica;
  • Vestimentas para proteção do tronco contra umidade proveniente de operações com uso de água.
EPIs para proteção corporal
EPIs para proteção corporal
EPIs para proteção corporal

7- Proteção para as partes inferiores

Para a escolha do calçado, deve-se analisar para qual finalidade se destina, para definir, por exemplo, o seu comprimento ou emborrachamento.

Além dos calçados, em alguns casos o empregador deve disponibilizar também:

  • Meias adequadas contra baixas temperaturas;
  • Perneira para a proteção das pernas;
  • Calças.
EPIs para proteção das partes inferiores
EPIs para proteção das partes inferiores
EPIs para proteção das partes inferiores

Obrigações do empregador e do empregado

Dentre as obrigações exigidas pela NR-6, referente ao uso de EPIs, cabem ao empregador: adquirir o adequado ao risco de cada atividade:

  • fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
  • orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
  • substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
  • responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e,
  • comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.
  • registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.

O empregado também terá que observar as seguintes obrigações em relação aos EPIs:

  • usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
  • responsabilizar-se pela guarda e conservação;
  • comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
  • cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

Você conhece a NR26?

A NR 26 é a Norma Regulamentadora que apresenta informações relativas à Sinalização de Segurança no Ambiente de Trabalho, devendo ser cumprida por todas as empresas que possuam produtos químicos. É ela também, que instituiu a obrigatoriedade das FDS (FISPQ). exigindo que ”o fabricante ou, no caso de importação, o fornecedor no mercado nacional deve elaborar e tornar disponível ficha com dados de segurança do produto químico para todo produto químico classificado como perigoso”.

Além disso, um dos itens da NR-26, afirma que todos os trabalhadores devem receber o treinamento, para compreensão da rotulagem preventiva e de ficha de dado de segurança química, a FDS (FISPQ), e também para compreender sobre os riscos, perigos e medidas preventivas para o uso e procedimentos de atuação em situação de emergência. O Não cumprimento deste item poderá acarretar em multas de até R$ 5.000,00.

FDS (FISPQ) - Ficha com Dados de Segurança

A FDS (FISPQ) é um documento de suma importância no ambiente de trabalho, pois traz informações essenciais sobre os perigos de uma substância ou mistura (incluindo informações sobre o transporte, manuseio, armazenagem e ações de emergência) aos usuários destes produtos.

Sua correta utilização contribui para a prevenção de acidentes e para a segurança e saúde do trabalhador, visando, principalmente, à redução de doenças ocupacionais

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